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SAE BRASIL renova parceria com Campinas para investigar acidentes de trânsito e expandir ação

Único na América Latina, projeto nasceu em 2016 e segue moldes internacionais.

O Brasil é um dos países com maior índice de óbitos decorrentes de sinistros de trânsito no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde. Registros do DataSUS mostram que somente em 2019 houve mais de 30 mil mortes no País provocadas por acidentes no trânsito.

Diante do cenário, a SAE BRASIL renovou por mais dois anos a parceria com a Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (EMDEC) para dar continuidade ao projeto Investigação Avançada de Acidentes de Trânsito (IAAT), criado em 2016 e já com proposta de ampliação.

O projeto visa levantar dados avançados de acidentes no município paulista, para entender as condições de trânsito locais e do comportamento dos condutores brasileiros.

O objetivo é obter informações que possam dar direcionamento à Prefeitura e à indústria sobre pontos de melhoria no trânsito e nos automóveis, no tocante à qualidade das vias, educação do motorista e itens de segurança dos veículos.

Campinas foi pioneira na América Latina para o estudo global, realizado em países, como Alemanha, Estados Unidos, Japão, China e Índia.

O projeto brasileiro está incluso num sistema internacional de dados de acidentes ao redor de todo o mundo, chamado Initiative for the Global Harmonization of Accident Data (IGLAD). Campinas é o único local da América Latina a contribuir com o IGLAD.

Sinistralidades – No Brasil, o IAAT já coletou mais de 220 casos, num universo aproximado de 400 veículos e 500 pessoas envolvidas. Informações, como tipo de colisão, condições da via e sinalização, circunstâncias climáticas e tecnologias de segurança embarcada nos veículos envolvidos estão entre as mais de 120 variáveis coletadas durante a análise.

Os pesquisadores buscam entender, com maior precisão de detalhes, como ocorreu cada acidente por meio de dados que, geralmente, não são estudados em documentações convencionais de sinistralidade.

Para o desenvolvimento e andamento do projeto, a SAE e a EMDEC contam, atualmente, com importantes parceiros, como Bosch, Continental, Honda e Universidade Mackenzie de Campinas, que movimentam profissionais e universitários no levantamento minucioso de dados dos acidentes e análise de informações. A equipe foi especialmente treinada nos moldes de projetos vigentes na Europa.

O projeto tem capacidade de ampliação. Por isso, a ideia é expandir a rede de parceiros e a área de atuação, com captação de dados em mais cidades e regiões do Brasil.

A proposta de expansão é sinalizada por todos os parceiros, pois com maior área de atuação é possível ampliar a base de dados e contemplar também o rodoviário e, assim, gerar benefícios para a sociedade em geral.

O projeto é coordenado por Glaucia Bueno, integrante da Comissão Técnica de Segurança Veicular da SAE BRASIL.

Camilo Adas, presidente da SAE BRASIL, destaca a importância do tipo de pesquisa e estruturação de dados para a segurança humana e viária, e a contribuição para o desenvolvimento da mobilidade.

“Trata-se de uma iniciativa inovadorade grande relevância, queenvolve a colaboração entre a indústria, setor público e o acadêmico”, destaca o engenheiro.

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